A mitologia de Vera Cruz
Eis que Éris lançou seu encanto sobre a ilha de Vera Cruz:
Encravando falácias,
Olvidando o tempo,
Mitificando o néscio.
E, na morte do rei e descuido da rainha,
Tomou a coroa o bobo da corte.
Os pais queimaram os filhos em fogo e sacrifício.
Os camaradas empunharam espadas, digladiando,
Até que cabeças lhes fossem cortadas.
Os estranhos, já demarcados por suas castas,
Assassinaram uns aos outros atrozmente,
Empalando o corpo rival em pérfido arremate.
Éris ateou a semente.
A terra era fértil:
Os acônitos cresceram.
O exército do novo rei venceu a batalha.
Contudo, boatos ecoam tão alto quanto sussurros:
“Resistem, em segredo, quarenta e quatro vírgula oitenta e sete por cento de dissidentes”.