Esse Engasgo no Peito
A solidão rasga e faz sangrar silencios
A solidão que crava o peito do homem só !
Sozinho
Companheiro de livros, tintas, discos e plantas
E amigos tão próximos com suas ausências tão presentes
A solidão faz nódoas em caminhos
Faz desertos em peitos tão vazios
Atravessar desertos sangrentos de tão secos de tão áridos de tão hostis
Ah, essa solidão tão devassa prostituta de horas vagas
Essa solidão cravada no peito dos covardes
E tuas lágrimas fazem sorrir em ecos tão sublimes de tão nobres
Ah, solidão
Esse engasgo no peito
Esse nó
Esse embargo
Esse sorriso amargo !
Ah, solidão em nó desatado