O Santo II
De todos os santos, o menos cristão
Mas estranhamente destino minha oração
De todos os santos, o mais improvável
Que surpreende em gestos, indecifrável
De todos os santos, o que é cauteloso
Insiste em cada passo e ato devagar
De todos os santos, o que desejo agradar
Levando a oferta e aceitando penitência
De todos os santos, o que se move
E surge em vai e vem de milagres
De todos os santos, o de casa
Que consegue fazer dos braços o refúgio
De todos os santos, carrega a cruz com pendão
Refaz histórias como quem vive a História
De todos os santos, o que é mais amigo
O ombro de apoio, o abraço não contido
De todos os santos, esse não está no pedestal
Mas merece toda a minha adoração
De todos os santos, o bem redimido
Com todas as faltas apagadas
De todos os santos, o que faz rir
Como um arauto da felicidade
De todos os santos, o mais atencioso
Cerca em uma cruzada para a alegrias
De todos os santos, o meu santo
Ainda que não esteja no altar
De todos os santos, o da minha devoção
O que amo, o dono de meu coração