MÃOS QUE ME VIVEM!
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Mãos que não tremulam,

mas delatam a desdita hora!


Desfraldam o meu silêncio contido e gritam,

em forma de letras,

o barulho do meu coração!


Não se compadecem com o meu pranto,

embora seja o único subterfúgio para enxugá-lo...


depois gargalham ajuntando letras para me entregar ao mundo!


Mãos que me acenam no sorriso entregue ao vento!


Olham quando apalpam um rosto em forma de sonho!


Mãos que contêm e estão contidas!...


Forma singela de amor!


Vão com muito esforço me vivendo num lindo quadro de vida!


Não reclamam cansaço e tampouco desistência!


Dão vida à minha vida vivida sem tempo neste tempo de profunda entrega de tempo... vivido atemporal!



©Balsa Melo
19.02.07
Paraíba - Brasil

BALSA MELO (POETA DA SOLIDÃO)
Enviado por BALSA MELO (POETA DA SOLIDÃO) em 08/12/2007
Código do texto: T770466
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