DESCULPEM-ME A FRANQUEZA

Estou descobrindo aos poucos e bem rapidamente,

o que o povo preza realmente,

não é cultura e nem educação,

nem o desenvolvimento da mente.

Mostrarei com gentileza,

desculpem-me a franqueza...

Vejo todo dia,

principalmente pelas redes sociais,

o valor dado às coisas ridículas,

adoração às situações banais.

Calar-me diante disso é dureza,

desculpem-me a franqueza...

Se veem um texto,

não leem e nem se interessam,

nem procuram visualizar,

uns poucos até estressam.

Aí vejo com clareza,

desculpem-me a franqueza...

Se for uma figura,

até dão atenção,

ficam por dois segundos

a olhar com admiração.

Isso é falta de esperteza,

desculpem-me a franqueza...

Ás vezes, nem compreendem

a mensagem que o desenho quer passar,

rolam o mouse mais rápido

e a próxima já estão a olhar.

Não é mais surpresa,

desculpem-me a franqueza...

Mas se for uma foto de perfil,

ressaltando a beleza

lá estão, hipnotizados, a divagar

e também a comparar.

Fazem isso sem sutileza,

desculpem-me a franqueza...

Nem falo sobre as dancinhas

que surgem ao raiar,

cada um inventa a sua e,

para isso o cérebro está a funcionar.

Essa situação causa tristeza,

desculpem-me a franqueza...

Vejo essa geração

sem conteúdo nenhum ao falar

e isso, quando querem dialogar,

os pais são responsáveis e a culpa vão carregar.

Em termos de cultura só mostram pobreza,

desculpem-me a franqueza...

Uma pessoa culta e rica em conhecimento

não será dominada sem lutar,

saberá o que exigir

e através de que meios conseguir.

Cultura é uma imensa riqueza,

Novamente, desculpem-me a franqueza...

Maria Cristina Amaral Oliveira
Enviado por Maria Cristina Amaral Oliveira em 25/01/2023
Reeditado em 25/01/2023
Código do texto: T7703691
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