O vento bate na minha cara...
O vento bate na minha cara
Assim como a miúda chuva que cai
Também bate na minha cara
Enquanto os do norte sentem falta
Pois essa chuva, esse vento, refrescaria
Os árduos dias de calor
Porém, só aqui chove
E os homens tanto daqui como do norte
Se tornam duros, cada qual no seu estado
Insensíveis às mais ilícitas atitudes
Quer pela sua desgraça
Quer pela sua ganância
Duro, insensível, individualista
Oh! Ceús! me parte o coração
Como parte, de alguns poucos, talvez
Que tentam, com os meios disponíveis
Abrir portas endurecidas
Para ter terra, trabalho e liberdade.
Hoje, 21/04/98, espera-se por uma das maiores secas no nordeste de novo. E pelo visto, apesar de previsto, só irão levar socorro. Se levarem.
Peixão89