Do Folclore Citadino
É um velhinho de bondoso coração!
Sua casinha lembra mais um pardieiro,
Vivendo nela sem mulher e sem herdeiro
Lança um olhar indiferente à Solidão!
Um fundo poço de esmerada educação;
Um bom vizinho, amigável conselheiro
Se vive triste não nos dá demonstração,
Nunca se queixa e sorri o ano inteiro!
Trata o ricaço, o peão e o mendigo
Da mesma forma; "pois ninguém é diferente!"
Vive tranquilo sem contenda ou inimigo!
Tem um cãozinho cujo nome é vira lata
E se orgulha de ouvir constantemente :
Lá vai o velho e bom Armindo da sucata!