Devo, não nego, pago quando puder
Espavorido ando eu na rua louca da anarquia
desta cidade cheia de gente parecida com
seres humanos muito ou pouco ao menos deveriam.
Desço a rua com a visão, ou seria a ilusão
de nós dois suados, felizes.
Debaixo do braço levo comigo algo furtado,
pode ser até comprado à fiado, dizem
(dizem nada, chega de terceiras pessoas).
Não importa, carrego comigo uma
coisa que já foi tua.
A bem dizer, muito valiosa. Faço questão de pagá-la
quando
tu quiseres.
São Caetano do Sul, 08 de dezembro de 2007.