NO SILÊNCIO DA PORTA FECHADA.
Ai o dia se fez real,
no silêncio da porta fechada,
os ruídos das almas
cantaram uma canção.
Os olhos se abraçaram,
e no vaivém do sangue nas veias,
o disparar de dois corações...
Tudo escrito
no enlaçar aflito dos dedos,
a sonata de uma bela canção.
E agora me diz como fica
esse tico , esse teco, esse toque
da carne que pulsa,
e da gula das bocas querendo comer
o sentido de todas emoções.
O que se sabe do dia atrevido,
com o olhar de cachorro pidão,
querendo do agora o start,
das comportas de todas sensações,
escorrendo nas palmas das mãos.
O rubor da terra que arde,
e que cora no rosto as maçãs ,
da vontade que da de querer
o gosto daquilo, de tudo
que faz o arrepiar da pele.
E agora como faz e o que faço,
pra fundir neste solo sagrado,
e mergulhar neste ato, pecado,
e sentir o nascer de um amor,
que do nada brotou pra florir
cada galho nesta estação.