Quietude das manhãs
Na quietude das manhãs enriqueço meus pensamentos.
Crio palavras, ouço novos sons e me abasteço.
Na quietude das manhãs só o belo aparece.
O ritmo segue o seu compasso.
A brisa é suficiente para balançar as cortinas da sala, se fechadas.
Na quietude das manhãs os passaros me visitam com seu canto.
Um ou outro resolve dar às caras na janela.
São belos em sua plumagem.
São engraçados com seus passos titubeantes.
Na quietude das manhãs sou apenas àquela que absorve e desnuda-se para o que vem.