IMAGINAÇÃO

Bebo dum cálice abstrato uma essência

Que é um átomo que seduz a sapiência

Dos abismos da eloquência e traz a raiz

De todos os engenhos seculares da vida.

Como duma bandeja imaterial a energia

Que circula diante do intangível universo

Que transborda uma filosofia impalpável

E faz da teoria do saber uma vilã utópica.

Nos comes e bebes da anfitriã metafísica

Encontram-se devaneios alegóricos vitais

À especulação de todos os reais axiomas.

Viver e morrer são subjetividades etéreas

E, assim, aprende-se tudo e se vive nada,

Porque no trânsito perpétuo há o deserto!

DE Ivan de Oliveira Melo

Ivan Melo
Enviado por Ivan Melo em 20/01/2023
Código do texto: T7700288
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