Escombros

Onde estava a cor que um dia pintava o céu?

Debaixo daqueles escombros a escuridão cingia a língua

Ásperas as impressões marcavam a macia carne da vida e violentavam a pureza da sua alma criança

A lembrança daquele dia arrancou do horizonte toda a esperança

Sob os restos das ruínas, soterraram-se os sonhos

Nenhum sopro se fez luz

O ar rarefeito enchia os pulmões de uma agonia putrefata

Jazia ali um homem, muitos homens

Dizimados pela dor e agonia de não poder ver a luz do dia.

Rachel Galesso
Enviado por Rachel Galesso em 20/01/2023
Código do texto: T7699874
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