Certezas Grávidas de Sonhos
Certezas que cegam
Certezas que são rédeas
Verdades que são cabrestos
Verdades mascaradas
Certezas que enganam
Certezas maltrapilhas
Verdades enrugadas
Certezas com olheiras de tanto de viver amargas
Verdades contadas com o crivo do sagrado
E as mentiras ausentes
Tornam - se presenças desejadas
Verdades maquiadas
Certezas morimbundas
Verdades abortadas como sacrilégios obtusos
Verdades inférteis em terrenos sofridos
Certezas acorrentadas nas narinas dos infernos de mulheres e homens com sorrisos emparedados
com os dentes cerrados
E alma na fuligem de curtumes nos desertos áridos de eus em estiagem de certezas e verdades em vertigens
Verdades e certezas anêmicas
em estado de letargia
E a agonia da poesia a irradiar seu surgimento como flores a rasgar e romper os úteros e os úberes do tempo dono de si por inteiro
A batizar as Bonitezas como Verdades e Certezas engravidadas de sonhos que não sobrevivem em gavetas de covardias e de mentiras fúnebres