O fim do infinito
a beleza do que se propõe ser infinito é a expectativa de que tudo se acabe na próxima curva
nem sempre beberei teu veneno involuntariamente,
mas você nunca saberá
assim era eu, rato
tolo, negligente, desarmado...
a caça sonhando ser caçador
um rato encantado com queijos de outros mundos
pois quando o flautista toca a música que me transporta para as coxas de alguém
a inquietude de todos meus ontens apressa meus passos... à armadilha
então vi barulhos de mil trovões
uma coisa espantosa, um céu negro,
uma Little Boy
um som tão alto que me fez desejar todos os silêncios do mundo...
era a curva, o fim do infinito.