Tu sabes que te vejo
Tu sabes
Que te vejo
Sem te ver
Nos olhos
Das saudades
Vagos
E pensativos
Onde os meus
Andam perdidos
Nos teus
Em águas
De prazer
Na verdade
A única maneira
De te reter
Em liberdade
Foi secar
As lágrimas
Deste mar
Nos olhos
Bem fechados
Como janelas
Em dias
De temporal
E rajadas
De ventanias
Mal amadas
Para que fosses
O cristal
De luminosidade
Do meu olhar
Com sabor
A sal
E tempero
De amor
A navegar!
Luísa Rafael
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Porto, Portugal