A MORTE DA GATA BRUXA
Não há mais miados
ou pêlos por todos os lados.
A caixa de areia já não tem mais serventia.
A casa amanheceu vazia
dos seus caprichos,
da sua elegância,
e da sua serena companhia.
Hoje não houve dia.
A noite foi soberana.
Mas a lua não se escondeu,
como de costume,
na intensidade de abismo do seu olhar demoníaco e felino.
Depois de tanto tempo
eu me soube novamente sozinho.
Mas tinha como consolo
a viva lembrança de nossos tantos anos de encantamentos e bruxarias.