Também me aflijo
com a calçada dos solitários,
a calçada das dores
cheia de vãos
que, muitas vezes,
tentam nos prender os pés.
Mas, vivo rodeada
de braços estendidos
que batem à porta,
e se me lanço em sua direção
quando a abres
é porque também me encontro
entre os que vivem
em ânsias profundas
de um abraço querido,
de um acalentar desmedido.
E se me dizes que encontrou
a morada dos tristes e sozinhos,
encontrou a mim que lá vivo,
que lá me perdi,
e me achei,
onde nunca tinha ido.
Me perdi de mim,
e me achei em você,
meu amor querido!