Lapsos...
Tinha a chuva que contava de ledos
finais de tardes e de carinhos
Havia o vinho, guardado na adega,
sempre a insinuar outros caminhos...
E as palavras escasseavam, enquanto
chamas de velas tremulavam
E as sombras se faziam auras
nos recortes das lembranças,
se inventando torvelinhos.
E pouco importava o livro caído
ou suas folhas reviradas
A poesia éramos nós,
em cada ínfimo momento
tornado doce lapso de tempo...
finais de tardes e de carinhos
Havia o vinho, guardado na adega,
sempre a insinuar outros caminhos...
E as palavras escasseavam, enquanto
chamas de velas tremulavam
E as sombras se faziam auras
nos recortes das lembranças,
se inventando torvelinhos.
E pouco importava o livro caído
ou suas folhas reviradas
A poesia éramos nós,
em cada ínfimo momento
tornado doce lapso de tempo...
*
“e ouço os trovões
aqui a ribombar
em graves borbotões
do quente ar
o som do vento
a me açodar
embala seu momento
me faz imaginar
quão íntimo
quão sensual
que o lapso
seja imortal”
(Max Rocha)
aqui a ribombar
em graves borbotões
do quente ar
o som do vento
a me açodar
embala seu momento
me faz imaginar
quão íntimo
quão sensual
que o lapso
seja imortal”
(Max Rocha)
**
Imagem: Via Bing