Lapsos...
 
Tinha a chuva que contava de ledos
finais de tardes e de carinhos

Havia o vinho, guardado na adega,
sempre a insinuar outros caminhos...
 
E as palavras escasseavam, enquanto
chamas de velas tremulavam

E as sombras se faziam auras
nos recortes das lembranças,
se inventando torvelinhos.
 
E pouco importava o livro caído
ou suas folhas reviradas

A poesia éramos nós,

em cada ínfimo momento
tornado doce lapso de tempo...

 
*


 
Lindo Poema que recebo do amigo Poeta e Escritor
        Max Rocha 
 
  Obrigada, Max!

 
“e ouço os trovões
aqui a ribombar
em graves borbotões
do quente ar
 
o som do vento
a me açodar
embala seu momento
me faz imaginar
 
quão íntimo
quão sensual
 
que o lapso
seja imortal”
 
(Max Rocha)

 
**
 
 









Imagem: Via Bing



 
Marise Castro
Enviado por Marise Castro em 17/01/2023
Reeditado em 19/11/2023
Código do texto: T7697576
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