O DEUS DOS RENEGADOS

Um monumento assentado sobre a melancolia,

me acusa do ócio improdutivo do esquecimento.

Tudo aquilo que não li, nem fiz questão de louvar,

é um pequeno fracasso porque o tempo passa.

As suas ideias colonizadas e reações condicionadas,

cegam para o talento acorrentado nos porões,

depois miseravelmente explorados em horas contadas.

E você crê em divindades sintetizadas no medo,

imóveis como você, perplexo na madrugada,

acordado à força do colapso da sua incapacidade,

temendo a liberdade que quer lhe impor a miséria.

Durma, condenado.

Sua hora de adubo,

ainda não é chegada.

EDUARDO PAIXÃO
Enviado por EDUARDO PAIXÃO em 16/01/2023
Código do texto: T7696809
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