O DEUS DOS RENEGADOS
Um monumento assentado sobre a melancolia,
me acusa do ócio improdutivo do esquecimento.
Tudo aquilo que não li, nem fiz questão de louvar,
é um pequeno fracasso porque o tempo passa.
As suas ideias colonizadas e reações condicionadas,
cegam para o talento acorrentado nos porões,
depois miseravelmente explorados em horas contadas.
E você crê em divindades sintetizadas no medo,
imóveis como você, perplexo na madrugada,
acordado à força do colapso da sua incapacidade,
temendo a liberdade que quer lhe impor a miséria.
Durma, condenado.
Sua hora de adubo,
ainda não é chegada.