Nostalgia



 


O sol ontem cedinho viajou, foi... sem deixar saudades,

sem dia certo para voltar, e nem sabe que amanheceu,

antes beijou as árvores, pediu ao vento antes de partir,
que soprasse as nuvens cinzas que se escondem de noite

enquanto dormimos um sono profundo sem nada sentir,
rebuscando os mesmos sonhos que sempre foram seus.

Olhar lá para trás, mirar o fim da rua, guardar no peito
a suavidade dum amor, um leve poema irá surgir.

Foge àquele olhar, às asas da ave que aflita, canta
fugindo da chuva, buscando um esconderijo, seu voo

em mim, faz nascer uma vontade de também voar!

Porque chovem ilusões, vem junto a vontade,

de me banhar na chuva, e da alma a nostalgia retirar.
Vontade de sentir bater mais forte o coração, por amor,

resta somente sonhar. Quantos anos já se passaram
e quantos verões e invernos de esperança, vivemos,
o amor em sua imensidão veio a minha vida iluminar.

Quantas vezes à minha frente, silenciou o mar, adentrando

um desejo contido de abraçar, de conversar, mãos dadas,

e poder caminhar, realizando um sonho de ver de perto,

quem de mim, sempre sempre tão longe está.

Porque chove, a nostalgia não passa, nem o desejo de amar.

Amanheceu, outra vez junto amanheço, vou ao mundo

por uma ruazinha arborizada, debaixo da chuva forte,

chegando a esquecer que a pouco rachava no calor,

as suas águas indo rumo ao rio que fica perto e segue

em velocidade ... se vão as águas, o inverno chegou.

Outro entardecer sem sol, tempo nublado, vai chover,

enquanto o meu coração a você entrego, de olhos fechados.

Liduina do Nascimento
Enviado por Liduina do Nascimento em 16/01/2023
Código do texto: T7696586
Classificação de conteúdo: seguro
Copyright © 2023. Todos os direitos reservados.
Você não pode copiar, exibir, distribuir, executar, criar obras derivadas nem fazer uso comercial desta obra sem a devida permissão do autor.