SIM
Ela brincou de amar na rua e na chuva
Saiu para se molhar enamorando o céu
Fingiu laço nos dedos e nas mãos o véu
E dos pés fez tapete com águas turvas
Ela ouvia a sinfonia das frestas e janelas
E no brilho dos raios iluminando toda rua
Ela bailava girando dizendo sim sim à lua
E os trovões, em coro, diziam: “que bella!”
Ao perguntarem se aceitaria o juramento
Ela disse não com sotaque tão expontâneo
Que até hoje o céu procura um firmamento
E quando ela sorri a cada sopro do tempo
Ela sente no rosto assim tão momentâneo
Um instantâneo de beijo perdido no vento