SIM

Ela brincou de amar na rua e na chuva

Saiu para se molhar enamorando o céu

Fingiu laço nos dedos e nas mãos o véu

E dos pés fez tapete com águas turvas

Ela ouvia a sinfonia das frestas e janelas

E no brilho dos raios iluminando toda rua

Ela bailava girando dizendo sim sim à lua

E os trovões, em coro, diziam: “que bella!”

Ao perguntarem se aceitaria o juramento

Ela disse não com sotaque tão expontâneo

Que até hoje o céu procura um firmamento

E quando ela sorri a cada sopro do tempo

Ela sente no rosto assim tão momentâneo

Um instantâneo de beijo perdido no vento

O FEIO
Enviado por O FEIO em 14/01/2023
Reeditado em 15/01/2023
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