(In)significância
Anseio (ante)ver o horizonte.
Estou à beira...
Sinto medo...!
Uma força estranha me arrasta ao abismo.
Vai-se o medo.
Ainda que eu creia poder voar...,
Conheço os riscos e as dores da queda.
Vejo brilhar o Sol.
Afasto a sombra da autocomiseração.
Mergulho...
Ignoro a solidão.
Agarro-me à solitude.
Reflito sobre minha “significância”.
(Re)descubro a "distância" breve entre o chegar e o partir.
Lamento a fugacidade da existência humana.
Contudo, subitamente sou advertido pela genialidade dos “mestres do universo”.
Milhões de anos se passaram (,) num instante.
Em cinco bilhões de anos, a “Gigante Vermelha” absorverá a Terra.
Sinto então a (in)oportuna “distância” entre o que acredito e o que sou.
E, defronte à minha “insignificância”..., reconheço o significado de tudo!
Ipatinga, 14 de janeiro de 2023.