Boca poeta surda e tagarela

Vou dormir, antes que a noite desça

com um luar que embriaga os olhos

e faça chover aqui dentro...

Antes que a sublimidade da vida

me toque de alvoradas de luz

intenções tão puras que me emocionem o sentir...

Trago a alma pavimentada de emoções.

Mas, quem quer delas saber?

São só sentimentos que a ninguém valem...

a ninguém importam...

Cruzam rios interiores

e desembocam em mim somente...

em mim... em minha boca poeta surda e tagarela...