O Calor da Poesia
Quem não respira as cores do poético
Vive poste seco iluminado pela escuridão do descaso do tempo !
Quem não respira o calor dos vieses da poesia
Vive como um sapo seco à beira do relento
Quem não come os cheiros dos poemas
Sobrevive nas esquinas morimbundas sujas do nada , vazio , cinzento com cheiros bolorentos!
Quem não pulsa poesia ,
Se asfixia com seu próprio respirar
Na agonia de se perpetrar na volúpia
teimosa e arredia sem romper, sem rasgar, sem desatar os nós das paredes e muros , das cercas
a infertilizarem os ares que teimam em colorir as vozes dos sonhos que rompem as manhãs dos dias , das horas , dos instantes