Que serão de minhas flores?
Se queres me entender,
observes a minha sombra...
o adormecer de meus galhos,
a secura de minhas folhas
já amareladas pelo tempo.
São pequenos e miúdos os meus sois.
Meu caule é feito de invernos
e a seiva que escorre pelo tronco dos olhos
é feita de decepções dolentes e cortantes.
Que serão de minhas flores
se um dia nascerem botões?
Secarão, guardadas entre as páginas
de um livro de um coração de amor?
Se queres me entender,
caminhe por minha sombra...
ela não sabe para onde ir...