Fragmentos de Alma

Não sei mais onde abrigar minha alma fragmentada.

Não há mais portas para entrar por elas –

só encontro portas para sair e ir-me

para longe de quem me feriu de espinhos...

Já não sei mais o quanto cabe

numa noite insônia, de chuva caindo dos olhos.

O que há no fundo da minha retina?

Talvez a palidez e o luto dos pensamentos,

a dor de ser ré quando não fui eu

a errar injustamente com o outro.

Não sei mais onde abrigar minha alma fragmentada.

Não há mais portas para entrar por elas –

só encontro portas para sair e ir-me

para longe de quem me feriu de espinhos...