Das terra do Cabrobó
Inventei de dançar com uma morena
Achando que dava conta,
pra mim era pouca afronta
Logo eu que de vim lá
Das terra do Cabrobó
Um samba que se samba só
Samba que se samba solto.
Samba que se samba salto
Calor que sacode o peito
Sanha que se sobe só
Cenho que se franze a testa
Passo que parece um nó
Samba que se samba sonho
Saia que se solta só
Seio que se sente nu
Suor, cerveja, sei lá
Gira, jazz, e sambá
Puxa daqui-acolá
Ela pegue conversá
Já dizia o Gonzaga
A do pobre só se toca em dó
A ceia não se come só
Mas morena, preciso parar
Meus pés calejaram reboco
Meu fôlego já tá é pouco
E o gogó já se vai rouco
Logo eu que de vim lá
Das terra do Cabrobó
Calma lá.
Até daqui a pouco.