DOCE SAUDADE
Eu quero cultivar essa saudade,
que adentra pela porta sem convite,
trazendo um cheiro bom
- velhas lembranças,
de um tempo que passou, mas sobrevive.
Eu lembro da paixão que nos unia,
que nosso corpos em fogo incendiava
- foqueira, não queimava, mas ardia
e, logo, bem depressa se alastrava.
Lembranças são pra mim, doce saudade,
têm cheiro de perfume, o mais suave.