Vou observando quieta

Vou observando

Quieta

A tua acrobacia

Na minha pele

Deserta

De garras afiadas

Cravadas

De carinhos

Por vastos caminhos

Na selva

Por ti desbravada

Tão lisa

Tão sem nada

O teu sentido

Explorador

A cor

Do olhar

Nesses faróis

Rasgados

Incandescentes

São os sois

Fulgentes

Que procuro

Nos lençóis

Quentes

Enrugados

Das diabruras

Do teu corpo

Em novelos

Iludidos

Desassossegados

Dormem

As tuas ternuras

No meu peito

Os sonhos

Calados

Que com olhar

Felino

Às escuras

Espreito!

Luísa Rafael

Direitos de autor reservados

Porto, Portugal

Luísa Rafael
Enviado por Luísa Rafael em 11/01/2023
Código do texto: T7692162
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