Por vezes, sim, perco-me

Por vezes, sim

Perco-me

Na imensidão

De mim

No silêncio

De uma melódica

Escuridão

Caótica

Que vem

Lá do fundo

Por explorar

Há um mundo

Escondido

Fracturado

Por memórias

De um passado

A gritar

Diluído

Em sonhos

Coloridos

Famintos

De se concretizar

Sinto

Uma paz

Interior

Pintada de quimeras

Que me traz

À superfície

Outras Primaveras

Que desejo

Viver

Almejo

Há uma música no ar

Uma pauta

Bailarina

A voar

Um coro de esperança

De passarinhos

A chilrear

E eu

A acompanhar

Este dançar

Abro caminhos

De coragem

Mergulho na natureza

Num manto

Em flor

De cor

Framboesa

E canto

O que o coração diz

Sou feliz!

Com uma voz rouca

E bem baixinho

Não vá pensarem

Que sou louca!

Luísa Rafael

Direitos de autor reservados

Porto, Portugal

Luísa Rafael
Enviado por Luísa Rafael em 10/01/2023
Código do texto: T7691526
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