A sabedoria do amor

O amor não é sábio nem sequer vive do conhecimento em biblioteca

Apenas sabe ler as linhas do momento e os devaneios de uma alma de poeta

Tem a sabedoria dos seus passeios no labirinto da vida

Vive do instinto que o guia e é ponto de partida

Sábio é quem o abraçou e o acolheu no seu ventre

O cultivou e regou à espera do florescimento da semente

Percebeu que lhe tocou o coração com o perfume do sentimento

Que passava pela solidão como uma carícia delicada de vento

A sabedoria vem depois com a rega abundante e protecção cuidada

Um ciclo importante como após a noite vem a radiação da alvorada

Que venham as borboletas bailarinas com as danças da paixão

Com cores alegres em voos farfalhantes ao som da melodia da sedução

A sabedoria oferece ao amor a plenitude e eternidade

O amor oferece sabedoria na atitude a quem o acolhe de verdade

Luísa Rafael

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Porto, Portugal