Não sei se me procuras
Não sei
Se me procuras
Nos meus olhos
Pousados
Nos astros
Cintilantes
Salpicados
Por entre
O firmamento
Que é só nosso
E nos une
Não sei
Se me procuras
Nas estrelas
Que brindam
Ao sentimento
Com um lume
De feixes radiantes
Que rasga o tempo
Dos instantes
E nos pertence
Não sei
Se me procuras
Nesta infinitude
Em que a distância
Não vence
E se perde
Em solitude
Por entre o veludo
Celestial
Com o breu
Da elegância
Não sei
Se me procuras
Mas lembras
Das noites serenas
Escuras
De brisas inspiradoras
Que o vento
Levou
Para a tua janela
E a tocou
Suavemente
Com os silêncios
Que levou?
Eram os meus poemas
Sim
Apenas
Versos soltos de mim
E sou eu, sou!
Luísa Rafael
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Porto, Portugal