Minha Perdição Dalila
Dalila, a minha força estava nos meus cabelos, mas meu coração estava nos teus joelhos. Adormeci no teu regaço, rijo como vergas de vime e amanheci desfalecido até a alma, acorrentado, girando os moinhos de Gaza.
Dalila, nem mil e cem moedas de prata valeriam tanto quanto as mil e cem gotas de suor que expelem do teu corpo.
Nem os sacrifícios ofertados no Templo de Dagom, valeriam tanto quanto a oblação de amor que te dedico.
Ah, Dalila, maldita hora em que denunciei o oculto do meu âmago para você. Derrubarei as colunas da basílica em protesto a perfídia, pois uma vez mais eu clamei ao Sol da Justiça que iluminasse o pequeno sol, uma vez mais. Vou brilhar em Estaol para sempre, Dalila.