Obra divina
Obra divina
Não sei qual foi o modelo original para a Humanidade
Só sei que sou um fragmento esculpido com toda a preciosidade
Mãos de toque celestial trabalharam a inspiração num material corpóreo
Num sopro de um vendaval se criava o sentimento num coração etéreo
Da inércia paralisante de uma caiada lividez angelical
Vem a nudez imaculada com asa esvoaçante providencial
Ela apenas simboliza a ternura aconchegante em plumas de amor
A loucura da liberdade nas terrenas correntes de escravatura e dor
Quando me olho lentamente na profunda interioridade
Cada vinco, cada ruga na pele são extensões da minha vaidade
De uma mão pura divina que me traçou a sina nos trilhos da felicidade
Com marcas indeléveis em brilhos perfumados da minha identidade
Cada vez mais tenho a percepção desta harmonia perfeita
Uma magia dos céus em que para Deus sou sempre a eleita
Luísa Rafael
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Porto, Portugal