CHUVA
Ó chuva que vem a terra,
devagar ou sem cessar,
molhando todo o chão
inundando o meu pensar...
Mansa ou em tempestade,
como és força poderosa!
Fazes o que queres,
de forma generosa.
Ó chuva que arrefece,
apesar de fria me aquece.
Ó doce companheira,
de dias e noites inteiras!
Todo ser lhe agradece
por cada gota que lançar,
pois tu sois uma benção
que o céu está a enviar.
As plantas que a ti recebem
estão a gargalhar,
com suas águas elas crescem
para os seres alimentar!
Ó chuva de suma importância
e estais a insistir,
penetra no chão em cada reentrância
suas marcas estás a imprimir!
Se fôssemos íntimas
em seu ouvido eu sussurraria:
“a forma como cai
causa medo ou alegria!”
És o choro de Deus?
Choro calmo ou aos prantos?
Sobre a chuva explicaria
se fosses o choro de todos os Santos...