CHUVA

Ó chuva que vem a terra,

devagar ou sem cessar,

molhando todo o chão

inundando o meu pensar...

Mansa ou em tempestade,

como és força poderosa!

Fazes o que queres,

de forma generosa.

Ó chuva que arrefece,

apesar de fria me aquece.

Ó doce companheira,

de dias e noites inteiras!

Todo ser lhe agradece

por cada gota que lançar,

pois tu sois uma benção

que o céu está a enviar.

As plantas que a ti recebem

estão a gargalhar,

com suas águas elas crescem

para os seres alimentar!

Ó chuva de suma importância

e estais a insistir,

penetra no chão em cada reentrância

suas marcas estás a imprimir!

Se fôssemos íntimas

em seu ouvido eu sussurraria:

“a forma como cai

causa medo ou alegria!”

És o choro de Deus?

Choro calmo ou aos prantos?

Sobre a chuva explicaria

se fosses o choro de todos os Santos...

Maria Cristina Amaral Oliveira
Enviado por Maria Cristina Amaral Oliveira em 08/01/2023
Código do texto: T7689745
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