O meu olhar pulsa

O meu olhar come coisas

Beija rios

O meu olhar tem sede

Tem fome de poesia

O meu olhar cheira estrelas

O meu olhar pulsa , arde e silencia

Grita

Se arrepia

Rompe

O meu olhar subversivo

Exala

Matiza

Colore com perfume

o outro lado da dureza linear, racionalista e perversa de tão reta

O gozo sinuoso, circular dessa forma de existir sem cair nas grades secas

onde perambulam os sobreviventes

Subalternos a bolorenta tontura

de rastejar sob os vértices

da doidice medíocre de viver apenas

- tão somente !!!

Raimundo Carvalho
Enviado por Raimundo Carvalho em 08/01/2023
Reeditado em 09/01/2023
Código do texto: T7689721
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