Luzídia

Vi na ausência fria

Cores que não conhecia

Talvez fosses tu

A escuridão em minha luz do dia.

Achei ser amor o vício que sentia

Era pura dependência o sonho que vivia

Eram doloridas farpas

Os sons que saiam das harpas.

A presença limitante

Era cáustica, excruciante

Asfixia de uma alma errante

Em busca de um tesouro perdido

Há muito escondido

No próprio peito ferido.

Sem rumo, sem direção

Toda saída gerava conflitante objeção

Com certeza não era luz

O lancinante chicotear do coração

Era a mais terrível escravidão.

As cores que não conhecia

Hoje sei que são minhas

Depois da tempestade

Reconheço a realidade

O sol há de brilhar.

Pedro Garrido

Pedro Garrido
Enviado por Pedro Garrido em 07/01/2023
Código do texto: T7689296
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