HÁ MUITO

HÁ MUITO

Há muito quero escrever

silêncios

Impede-me o ruído dos

dias

O perambular dos passos

incessantes

A pressa da coisa

inútil

A sempre presente energia

fútil

O palavrório sem

parlamento

O constante e presente

lamento

Assim emudeço a escrita e a

desdita

No incessante trombetear da

babel gritante

Arnaldo Ferreira
Enviado por Arnaldo Ferreira em 07/01/2023
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