HÁ MUITO
HÁ MUITO
Há muito quero escrever
silêncios
Impede-me o ruído dos
dias
O perambular dos passos
incessantes
A pressa da coisa
inútil
A sempre presente energia
fútil
O palavrório sem
parlamento
O constante e presente
lamento
Assim emudeço a escrita e a
desdita
No incessante trombetear da
babel gritante