ILUSÃO MAQUILHADA
Quando as crenças se fragmentam
E o dia subitamente, à noite se entrega
Quando os mudos da mente clamam
E na esperança, o querer se apega.
Quando o vulto do teu rosto esvaece
Na lembrança das nódoas da vida
O desejo resfriado e solitário adormece
Ao meu redor, tudo abrevia-se a nada.
Prantos pintam o rosto de escuridão
De nostalgia, de angústia e de vontade
Apertos de pesar abrigam o coração
Que subjugado às fantasias da saudade
Não se afasta da dor, inventa realidades
De um abraço suave, maquilhado de ilusão.