Sigo Costurando Preciosidades

Vou de poema em poema, vou...

lágrimas nos olhos pela emoção...

contemplando as palavras na parede

que dizem de minhas ausências e da falta sentida.

De poema em poema vou...

enquanto uns varrem saudades todos os dias,

outros varrem as casas ou as ruas de manhã...

Alguns alçam asas e voam distâncias

e nuvens em seus territórios de luz...

Eu, acordo minhas súplicas e preces

e ouso clamar pelo meu despertar em felicidades,

ao groelar das águas que despencam

de meus penhascos interiores.

Águas, que desejo sem adornos,

claras, puras e límpidas,

bem como meu coração e mente...

abertos para a luz...

E sigo... sabendo-me

em ausências sentidas,

costurando preciosidades,

em minhas madrugadas de luz...