INSUFICIÊNCIAS — Oh38 —
II
Reacenda-me um incêndio. Ou uma vereda
que traga a paleta ouro das suas labaredas,
nesse mar transatlântico de fundos e de vazios,
endereço desta alma e o da sua nau sem leme.
Seja feito pôr-do-sol descendo sobre o infinito,
e estoque-se nos ventos das minhas prateleiras.
Às zero e um, no abafamento das alvenarias,
não há nem um verso guardado na despensa,
onde escondo, até lá no mocotó do esqueleto,
os silêncios dos fracassos… E os da covardia.
O morro é oliva. Do céu não sei de nada ainda.