CONJECTURA
São luas orbitando um desafio
Sem termos definidos,
As órbitas lunares congeladas
Pela ocasião, fenômeno, não coisas
Como a memória em Bergson, tais luas
São um fenômeno, não coisas --
E no entanto depende do seu estômago
O desequilíbrio e a perda
No solstício com sorriso sem retoques,
Isso o que supomos --
O papel aceita tudo exceto
Orgulho analfabeto
-- pouca margem para certezas,
Confiável feito maçaneta com ambições.
Uma estrela só de luz? Não, nada disso.
São luas na elipse mais tensa,
Kepler errado, Copérnico mais bêbado
Que o cachaceiro local --
Um fenômeno, não coisas.
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