Na Névoa

A alegria se evapora

Na melodia

Embaixo da ponte.

Sua imagem,

Seu busto farto e vivo

E as coxas arquitetadas

No profano.

Os joelhos em curva

E as pernas,

Uma miragem.

Os braços firmes

Na forma

Da imaginação

E na memória.

E o pecado?

Disforme.

A recordação e

A falta de ar

Na névoa, completas

À espera

E esperando

Por ela.

E o Sol levanta:

Oh, reviens, Soleil!

O equilíbrio se perde

Nas curvas dela.

Sinto falta do seu movimento.

Hoje

Talvez eu a encontre nas névoas.

Porque até na névoa,

No lugar em que eu esteja,

Vejo sua fôrma

Formada apenas para ser.

Thiago Lazzari
Enviado por Thiago Lazzari em 28/12/2022
Código do texto: T7681330
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