Teus Seios 1

A maciez dos teus seios

Em meu tórax estumecido, rústico de tão voraz por aconchego

Acomoda a pele, a textura lisa

Meu tórax faz-se ninho doce quente

E me faz salivar reluzente de desejo

por teus mamilos

Que refletem a minha sede de beijar com a suavidade e destreza que minha razão esquarteja !

Não há razão na razão de sugar bem devagar como se o tempo fosse findar

E teus seios ? Ah ...

E teus mamilos quentes e macios

Erguidos com a causa dos meus dedos sonâmbulos do desejo de se eternizar na loucura de acariciar os poros que exalam cheiros da profundidade de ti

Os finíssimos pelos na geografia sagrada dos teus mamilos diante da minha sede insaciável de te comer

Diante da minha fome

Insaciável de te beber lentamente, sem pressa, com os relógios ausentes

De te comer como se lambe a maciez rubra arrepiada dos músculos tenros rígidos quentes ardentes a pulsar

A dançar a volúpia encarnada sob a ótica que transcende a loucura poética de me embriagar, só de mirar e me perder de mim mesmo

E perdido na tontura de respirar os cheiros de tua pele,

e perdido me achar

diante da preciosidade que se expande perante a pequenez do meu olhar arredio que palpita, me excita e enlouquecido perto do calor dos teus mamilos róseos com leves e finos pelos dourados pelo agora

E como numa oração eu te beijo

E como numa oração eu me calo

E como numa oração minha alma dá vertigem e vislumbra miragens

E como numa canção eu me prosto

E como num poema eu me rendo

E me perco na loucura dos instantes

dos meus lábios trêmulos, arrepiados, quentes, úmidos, teimosos

E acariciar com suavidade e ternura

A tenra musculatura que se molda e se acomoda com a maciez líquida

dos meus poros a umedecer com o calor do meu corpo a tremer e gritar diante do fascínio e da loucura de lamber e morder levemente os teus seios só meus

Teus mamilos só meus

Teus peitos só meus

De acomodá-los na minha boca com sua maciez

De fazer arrepiar e eriçar os nervos escondidos por entre os tecidos a deixar nus os teus peitos duros

A me deixar tonto

A me deixar cego

E me fazer homem novo

A me fazer sentir homem

A me fazer poeta

A me tornar eterno

Ah! Os teus seios nus meus

Ah! Os teus mamilos meus

Ah! Os teus peitos meus

Antes, durante e depois ...

As flores significam mais pra mim

Por me encantar com a inteireza da poética de suas cores,

de seus cheiros,

de suas texturas

E meu pedaço inteiro a sorrir

Como pétala de flor que dança eterna

como um bêbado a se equilibrar

Na beleza de te penetrar

E arrepiar os poros de tua alma inteira

Raimundo Carvalho
Enviado por Raimundo Carvalho em 27/12/2022
Reeditado em 18/01/2023
Código do texto: T7680761
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