PODRIDÃO
PODRIDÃO
O tempo me enche de mentiras e inverdades
Sobrevivo convivendo em desarmonia
Com essa babel insana e repleta de rupturas
As podres estruturas sustentam-se entre escombros de lucidez
Há uma torpeza latente que subjuga o pensar terso
Parece ser moeda comum pela sobrevivência
Há que se jogar para o alto os escrúpulos e abandonar a indignação
Tergiversar para se manter respirando ares em putrefação
Odor de carne fraca entregue ao escárnio da ética
Sem qualquer perspectiva de fim salvo o tumular