PODRIDÃO

PODRIDÃO

O tempo me enche de mentiras e inverdades

Sobrevivo convivendo em desarmonia

Com essa babel insana e repleta de rupturas

As podres estruturas sustentam-se entre escombros de lucidez

Há uma torpeza latente que subjuga o pensar terso

Parece ser moeda comum pela sobrevivência

Há que se jogar para o alto os escrúpulos e abandonar a indignação

Tergiversar para se manter respirando ares em putrefação

Odor de carne fraca entregue ao escárnio da ética

Sem qualquer perspectiva de fim salvo o tumular

Arnaldo Ferreira
Enviado por Arnaldo Ferreira em 27/12/2022
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