A minha escrita

A minha escrita

A escrita tem a calmaria de um coração puro calado que doi

Grita uma melodia em comoção de tudo o que é desejado e ainda não foi

Debita a emoção que transborda lentamente como lava de vulcão

Crepita o que guarda secretamente sem medos escorrendo pelos dedos da mão

Acorda num lampejo como faísca luminosa que rasga o imaculado papel

Ou desabafa em letra sedosa um desejo apaixonado com a doçura do mel

Chama um amor que vive em intensidade e nem sequer imagina

Ama com corpo e alma de mulher e ultrapassa com suavidade tudo o que não domina

Não tem motivos nem qualquer outro tipo inerente de motivação

Pode ser irreverente e fria ou ter a temperatura quente com a magia do coração

É despida de preconceito sem roupa numa alma docemente nua

Vem de um ser imperfeito numa linha louca sadiamente na lua

A escrita é tão somente uma parte de nós que já vive serena no coração desde a nascença

Não sei se será uma viciante prisão ou aliciante liberdade esvoaçante plena na sua sentença

Luísa Rafael

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Porto, Portugal

Luísa Rafael
Enviado por Luísa Rafael em 26/12/2022
Código do texto: T7679900
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