"Língua do desespero"
Quanto teria que pagar pelo amor que nunca tive ?
Quanto valeriam as verdades que nunca ouvi ?
Língua, língua, língua
Sarabatana que quando sopra a cicuta da mentira, provoca suicídio lento
E eu tento, tento, e desalentado
Desatento, continuo a dar ouvidos as tantas desilusões
Ouvindo das bocas contradições
E tento, tento, tento...em vão
E ficam nos céus das incertezas
Verdades que desaladas voam no chão
E cavam e se enterram
E têm lápides que apenas dizem mudas
Aqui jaz um amor
E eu grito: Não me lapide língua do chão
O que tu guardas nas tuas entranhas nunca foi amor, não
Varley Farias Rodrigues