A António Ramos Rosa 


Eu escrevo versos ao meio-dia
E a morte ao Sol é uma cabeleira 

António Ramos Rosa 

No delírio do meio-dia as palavras
silenciam a amargura do meu ser
por campinas desbravadas
numa morte impossível 

São gotas de orvalho
ao pôr do sol no horizonte
no sepulcro da poesia
esquecida vulnerável 

Na penumbra do céu
esgueiram-se beijos de amor
na quietude da praia vulnerável
por um luar cinzento.

pedrovaldoy
Enviado por pedrovaldoy em 07/12/2007
Reeditado em 29/01/2010
Código do texto: T767881