CHÃO DE FÁBRICA
Tem presépio no palácio
Tem o som lá do Estácio
Que embala o Rei
Nas noites de tormento
Tem o fingir esquecimento
Quando o cetro cai no chão
E a mão treme ao ver
O povo tomando o poder
Lá vem o ser que sai do mar
Com seus braços de abraçar
A esperança do chão de fábrica
De deixar pra trás as lágrimas
Que choramos durante as trevas
Trazidas pelos passos de coturno