FLOR
Do chão das horas turvas desse medo
Que atende por seu nome a flor mais vil
Ascende feito a língua fria e obscena
Dum deus proscrito à margem dum sigilo
A flor, se é flor, é chama fria, ardil
Do tempo infame desse medo seu,
Voragem surda à luz de alheio céu,
Semente espúria abriga e nega o fruto
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