FLOR

Do chão das horas turvas desse medo

Que atende por seu nome a flor mais vil

Ascende feito a língua fria e obscena

Dum deus proscrito à margem dum sigilo

A flor, se é flor, é chama fria, ardil

Do tempo infame desse medo seu,

Voragem surda à luz de alheio céu,

Semente espúria abriga e nega o fruto

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Israel Rozário
Enviado por Israel Rozário em 21/12/2022
Código do texto: T7676730
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